quarta-feira, 30 de maio de 2012

Etanol só será competitivo em 2 ou 3 anos, diz diretor da ANP

O etanol hidratado, utilizado nos veículos flex, só voltará a ser competitivo frente à gasolina no Brasil em dois ou três anos, afirmou nesta quarta-feira o diretor da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) Alan Kardec. Ele disse que o cenário de oferta e consumo de etanol no país ainda é muito imprevisível, o que afeta a competitividade do biocombustível. "Temos hoje uma grande imprevisibilidade de oferta e consumo de etanol no País", disse Kardec. A afirmação foi feita num momento em que a produção de etanol no Brasil luta para se recuperar, com a oferta de cana podendo apresentar um crescimento relativamente pequeno na comparação com a fraca safra do centro-sul da temporada passada, segundo dados da indústria. Apesar de uma produção menor neste início da safra, o preço do etanol hidratado registrou queda pela terceira semana consecutiva no principal Estado produtor do Brasil (São Paulo), informou análise do Cepea nesta segunda-feira. A pesquisa destaca que a queda da cotação nas usinas tem relação com pequeno interesse de compra das distribuidoras, considerando a competitividade da gasolina. O preço da gasolina é controlado pela Petrobras. Usinas, por outro lado, também têm obtido melhores lucros com a produção de açúcar. No acumulado da safra até 15 de maio, a produção de etanol (anidro e hidratado) no centro-sul diminuiu 39,28%, alcançando 1,32 bilhão de litros.

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