quinta-feira, 17 de maio de 2012

Estrangeiros impulsionam private equity no Brasil-Ernst & Young

Fundos estrangeiros de private equity que estão iniciando suas atividades no Brasil podem ajudar a dobrar os investimentos do setor no País, para cerca de 1 por cento do PIB, segundo um executivo da consultoria Ernst & Young. No ano passado foram investidos 8 bilhões de dólares no País pelo setor, correspondente a 0,5 por cento do PIB, de acordo com o sócio de Transações da Ernst & Young Terco, Carlos Asciutti. "No melhor dos mundos, isso pode dobrar", disse Asciutti. Além de alguns nomes já conhecidos no país, como Carlyle e o Advent, recentemente chegaram ao mercado nomes como Cerberus, HIG e 3i, e o asiático Temasek. "Estes fundos já reconhecem que o crescimento aqui vai ser maior do que lá fora", disse Asciutti. A alta taxa de crescimento econômico experimentada pelos mercados emergentes nos últimos anos continua a delinear o interesse dos investidores do setor. Um estudo da Ernst & Young sobre o segmento no mundo identificou que países asiáticos como China e Índia estão entre os principais destinos de recursos para aquisições nos próximos 12 meses. Já o Brasil vem crescendo como destino desses investimento. Dos entrevistados da pesquisa em abril, 39 por cento mostraram-se interessados em aplicar recursos no país, Em outubro de 2011, esse percentual era de 21 por cento. De acordo Asciutti, um dos entraves ao desenvolvimento do setor no Brasil é o reduzido mercado de crédito, já que uma das principais características da indústria de private equity é a ser bastante alavancada. Segundo ele, a taxa de juros historicamente muito alta no País agrava a situaçào. "Agora, com a queda dos juros, isso pode mudar. Era o que faltava para impulsionar o private equity", afirmou.

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