segunda-feira, 14 de maio de 2012

Em Belo Horizonte, "esculacho" faz médico sair de casa para reagir a manifestantes

Cerca de 30 jovens promoveram manifestação nesta segunda-feira em Belo Horizonte em frente à casa de um médico legista suspeito de conivência com torturas durante a última ditadura militar (1964-1985). O legista João Bosco Nacif da Silva foi até a rua e reagiu contra o grupo. Com cartazes e tambores, os manifestantes, comandados pelo MST, gritaram palavras de ordem para chamar a atenção da vizinhança do médico, no bairro Belvedere, de alto padrão. O protesto começou às 7 horas. Depois de 40 minutos de manifestação, o médico desceu do prédio e foi tirar satisfações com os manifestantes. Imagens do protesto em Belo Horizonte publicadas na internet pelo movimento Levante Popular da Juventude mostram o homem arrancando um papel que era lido por um manifestante, dizendo não ser "criminoso" e indo na direção do cinegrafista para impedí-lo de gravar. Os manifestantes disseram que dois deles foram agredidos. Ex-médico legista no IML (Instituto Médico Legal) de Belo Horizonte, João Bosco Nacif da Silva é citado pelo movimento "Tortura Nunca Mais" como responsável por emissão, em 1969, de laudo confirmando morte por suicídio do preso político João Lucas Alves, que tinha sido torturado na prisão, conforme relatos de outros presos.

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