quinta-feira, 3 de maio de 2012

Demóstenes Torres quis contato em banco de paraíso fiscal

Gravações feitas pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo revelam que o contraventor Carlinhos Cachoeira intermediou contato do senador Demóstenes Torres com uma representante de um banco em Liechtenstein, conhecido paraíso fiscal europeu. Os contatos entre a mulher, apontada como executiva da instituição financeira, o grupo de Cachoeira e o senador ocorreram entre junho e agosto de 2011. A agente, identificada como brasileira nascida em Anápolis, seria conselheira financeira de artistas famosos no Brasil e no exterior. O grupo cita até mesmo a popstar inglesa Lady Gaga como uma de suas supostas clientes. Cachoeira busca saber de Gleyb Ferreira da Cruz, integrante da organização, o que descobriu sobre a mulher. “É 150 anos de banco. É o que ela representa. Algumas das boas fortunas do mundo estão nesse banco”, diz Gleyb. De posse das informações, Cachoeira telefona para Demóstenes, no dia seguinte: “Eu quero te apresentar uma pessoa, que é anapolina. Que o Gleyb trouxe e é do principal banco lá de um principado dentro da Suíça. Ela é a segunda pessoa do banco e ela tá aqui no Brasil”, diz Cachoeira. “Maravilha. E cadê ela?”, pergunta Demóstenes. “Às quatro e pouquinho ela vai tá aqui. Aí, eu vou dar um pulo aí”, conclui Cachoeira. Segundo as interceptações telefônicas, a agente financeira, identificada no inquérito como Deise, teria sido apresentada por um terceiro. Esse contato venderia fundos de previdência estrangeiros e “põe o seu dinheiro lá fora”, explica o aliado do contraventor. Em 16 de agosto, a própria agente aparece em conversas telefônicas com Gleyb.

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