quinta-feira, 17 de maio de 2012

CPMI rejeita pedir separadamente ligações entre jornalista da revista Veja e Cachoeira

Senadores e deputados decidiram não pedir separadamente à Polícia Federal os diálogos entre a organização criminosa investigada pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira e pessoas com quem ele manteve ligações telefônicas. A comissão optou por solicitar todas as gravações brutas feitas pela Polícia Federal, que deverão ser analisadas por técnicos do Congresso. A decisão foi tomada após a discussão sobre se os diálogos entre o diretor da revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior, e o próprio Cachoeira, além de outros membros da organização, deveriam ser pedidos separadamente para a Polícia Federal. Como já havia sido aprovado requerimento para que o material bruto seja enviado à CPMI, o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), recomendou ignorar requerimentos para a individualização. O relator frisou que pesa uma suspeita contra o jornalista, fato que deve ser investigado, mas ressalvou: “Estamos investigando condutas e não a imprensa”. O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), autor desse requerimento, lembrou que Policarpo Junior depôs na Câmara como testemunha de defesa de Carlinhos Cachoeira, em 2005. “Ele trouxe cinco horas de gravações feitas pelo bicheiro e entregues à Veja”, disse.

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