quinta-feira, 17 de maio de 2012

CEEE vai concentrar seus investimentos em linhas de transmissão, para garantir o vereaneio

Ao confirmar o plano de investir R$ 1,7 bilhão em obras de infraestrutura até 2014, o Grupo CEEE busca aumentar a confiança do sistema elétrico e afastar o risco de desabastecimento de energia no Estado. No entanto, a crescente dependência de energia gerada no Sudeste ainda deixa o Rio Grande do Sul em condição desconfortável na ponta do mapa. Do total programado para investimentos no Estado, a menor parcela é destinada para obras de geração: 19% do programa RS Mais Energia. Os recursos maiores serão aplicados em obras nos centros urbanos e rurais. Entre os objetivos estão reforçar o abastecimento para a Copa do Mundo e garantir o abastecimento no verão, período mais crítico no Estado, que neste ano teve pico de aumento de 7,8%. "Essas obras já deveriam ter sido feitas. Estamos recuperando o atraso e preparando o sistema para o futuro", destacou o presidente da CEEE, Sérgio Dias. Hoje, cerca de 70% da energia consumida no Rio Grande do Sul é trazida de outros Estados por meio do sistema interligado nacional. Coordenado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o abastecimento é garantido por linhas de transmissão. Porém, com crescimento da economia gaúcha nos últimos anos e com os picos de consumo, no verão passasdo o sinal de alerta foi aceso. A capacidade das linhas de transmissão que trazem energia para o Rio Grande do Sul chegou perto do limite neste ano. A partir disso, passamos a correr riscos. A diferença proporcional entre o aumento do consumo e a geração de energia vem crescendo de maneira constante nos últimos anos. A discrepância entre demanda e geração é um problema mais evidente no Estado por estar localizado no extremo sul do País. O Rio Grande do Sul é um Estado esquizofrênico, porque os gaúchos estão sentados sobre uma imensa Petrobrás. Trata-se do carvão, que não é explorado. Do carvão sai o gás, a gasolina, o óleo diesel, o querosene de aviação, o eteno, o benzeno, o propena, e mais quase duas dezenas de derivados, com grau de pureza maior do que os subprodutos originários do refino do petróleo. O gás retirado do carvão poderia tornar o Rio Grande do Sul autossuficiente em energia por mais de dois séculos. Mas ninguém mexe um dedo para isso.

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