quinta-feira, 10 de maio de 2012

BNDES suspende repasses para a Arena Amazônia

Após denúncia realizada pelo Tribunal de Contas da União, de superfaturamento de R$ 86 milhões nas obras da Arena Amazônia, que está sendo erguida para abrigar os jogos da Copa do Mundo de 2014 em Manaus, o BNDES anunciou que não vai mais repassar nenhuma das parcelas que destinaria à construção. O comando da instituição financeira deixou claro que só voltará a aportar os recursos do empréstimo que concedeu ao governo do Amazonas após a empreiteira Andrade Gutierrez, responsável pela ação, explique o porquê do suposto gasto excessivo. A arena está orçada em R$ 618 milhões, R$ 400 milhões oriundos do BNDES. Na semana passada, o governo do Amazonas já havia notificado a empreiteira Andrade Gutierrez para que ela esclarecesse os questionamentos feitos pelo Tribunal de Contas da União, que apontou a cobrança fora do valor de mercado por processos e materiais de construção e a existência de contratações em duplicidade. Apesar da pressão do governo local e do órgão máximo de controle, a empreiteira afirmou que não se posicionaria publicamente sobre o assunto. Em seu relatório, o Tribunal de Contas da União aponta que há sobrepreços que ultrapassam a casa dos 300%, em relação a valores de mercado. Curiosamente, no Estádio Nacional de Brasília, no Distrito Federal, a mesma empreiteira aplica preços cerca de 280 % abaixo dos praticados na Arena Amazônia.

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