segunda-feira, 21 de maio de 2012

Banco Central libera R$ 18 bilhões do compulsório para financiamento de veículo

O Banco Central informou nesta segunda-feira que liberou R$ 18 bilhões do compulsório (percentual que os bancos são obrigados a deixar depositado no Banco Central) para que os bancos realizem financiamentos para compras de automóveis. O governo anunciou nesta segunda-feira uma série de medidas para estimular o consumo, principalmente de veículos, e a aquisição de bens de capital (máquinas e equipamentos), que incluem a redução de impostos, aumento de prazos de financiamentos e corte de juros. De acordo com o Banco Central, o montante representa 10% do total de crédito concedido a esse segmento. A mudança vale a partir desta terça-feira. Atualmente, no total, há R$ 393 bilhões de compulsório, que é a parcela mínima dos depósitos que os bancos são obrigados a manter em reserva (sem utilizar em operações de empréstimo). "Essa medida, além de conferir maior dinamismo a um importante segmento da economia, tem como objetivo criar melhores condições para que as instituições financeiras possam adotar políticas de concessão de crédito anticíclicas, sem contudo comprometer os requisitos prudenciais", informou nota divulgada há pouco pelo Banco Central. As medidas foram anunciadas após a economia dar sinais de que o crescimento do Brasil pode ser menor do que o esperado em 2012. A economia brasileira encolheu em março pelo terceiro mês consecutivo, e o desempenho no primeiro trimestre foi ainda mais fraco do que esperavam analistas e investidores, segundo os dados do índice de atividade econômica do Banco Central, divulgado na semana passada. O Banco Central apurou uma expansão de apenas 0,15% no primeiro trimestre, na comparação com os últimos três meses do ano passado. O mercado também reduziu a estimativa para o PIB e para a inflação oficial neste ano, segundo divulgação do boletim Focus desta segunda-feira. A projeção para o PIB de 2012 foi reduzida de 3,20%, na semana passada, para 3,09% nesta seguna-feira. Para 2013, foi elevada de 4,30% para 4,50%.

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