quinta-feira, 24 de maio de 2012

Assembléia gaúcha derrota PEC atrasada da Água

Foi derrotada nesta quinta-feira pela manhã, na Comissão de Serviços Públicas da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, a PEC 206/2011, a chamada PEC da Água, apresentada pelo deputado do PT, Luiz Fernando Schmidt.. “Ao ser rejeitada por uma comissão permanente, a PEC morre por aqui”, comemorou o deputado Mano Changes, PP, relator. Ele temia que os R$ 10 bilhões do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e de outros organismos financeiros nacionais e internacionais, já disponíveis para saneamento básico bancados por empreendedores privados, fossem perdidos. A PEC foi uma proposta destinada a entregar para a Corsan o monopólio da água e do esgoto no Rio Grande do Sul, como reação ao avanço das prefeituras na direção da municipalização, privatização e PPP (Parceria Público Privada). O governo do PT alarmou-se com o êxito da privatização dos serviços de água e esgoto de Uruguaiana. A Corsan não atende 158 dos 496 municípios gaúchos. Pior ainda: investindo os R$ 131 milhões que consegue investir por ano, levará 93 anos para alcançar os R$ 12 bilhões previstos pelo ministério das Cidades, para que o Estado alcance a universalização dos serviços de coleta e tratamento de esgotos. Os números foram coletados pelo relator da PEC na Comissão de Serviços Públicos da Assembleia, o deputado do PP, Mano Changes, com quem o editor conversou longamente. Ele apurou que 59% dos municípios gaúchos não contam com rede de esgoto e 85% deles não possuem tratamento algum.

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