quinta-feira, 10 de maio de 2012

Advogados abandonam júri e julgamento de dois acusados do caso Celso Daniel é adiado

Os advogados de dois dos cinco réus que seriam julgados pela morte do prefeito de Santo André Celso Daniel (PT) abandonaram o júri marcado para começar nesta quinta-feira. Com isso, o julgamento deles foi adiado. Celso Daniel foi encontrado morto com oito tiros numa estrada de terra em Juquitiba (SP), após dois dias de sequestro em janeiro de 2002. Ele se preparava para assumir a coordenação da campanha do ex-presidente Lula. Os réus Itamar Messias Silva dos Santos e Elcyd Oliveira Brito, o John, tiveram o julgamento remarcado para o dia 16 de agosto. Os advogados alegaram que teriam menos tempo de defesa do que a acusação. Como são cinco réus cada defensor teria direito a 30 minutos de sustentação oral, enquanto o Ministério Público terá duas horas e meia. Os advogados já haviam pedido o desmembramento do julgamento na Justiça, que foi negado pelo juiz de Itapecerica da Serra (Grande SP), Antonio Augusto Galvão de França Hristov. Assim, as defesas decidiram abandonar o caso. "A acusação têm horários e regras muito maiores do que nossa", disse a advogada Ana Lúcia dos Santos que defende Elcyd. "Pela paridade de armas e em nome da plenitude da defesa, é que tomei essa decisão", disse o advogado Ailton Jacob, defensor de Itamar. Ele disse ainda ter conseguido no Supremo Tribunal Federal um habeas corpus para que o réu seja solto. Já o principal acusado da morte do prefeito, Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, responde em liberdade e será julgado separadamente devido a recursos judiciais. Além de conseguir postergar seu julgamento, Sombra ainda tenta derrubar no Supremo o poder de investigação do Ministério Público em casos criminais. Se conseguir, anulará boa parte das provas.

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