terça-feira, 17 de abril de 2012

ONU critica falta de liderança do Brasil

Achim Steiner, subsecretário-geral das Nações Unidas, criticou o Brasil por mandar "sinais trocados" nas negociações da Rio+20 e cobrou liderança do país anfitrião da conferência da ONU. Para ele, as preparações "não estão onde deveriam estar" e, na cena internacional, já se começa a comparar a Rio+20 com a fracassada conferência do clima de Copenhague. Alemão nascido no Rio Grande do Sul, Steiner é diretor-executivo do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio ambiente). "O mundo não está discutindo a Rio+20 como discutiu a Rio-92", afirmou ele, dizendo que uma posição mais proativa do Brasil é um dos fatores capazes de transformar a reunião de junho em uma cúpula de fato, "e não numa mera conferência" da ONU. Um dos alvos da crítica é a relutância do Brasil em apoiar a transformação do Pnuma em agência independente da ONU, como a Organização Mundial da Saúde. Segundo ele, a importância da questão ambiental hoje torna necessário aumentar o poder dos ministros do Ambiente de influir na chamada "governança" internacional, pautando ações de governos. Era só o que faltava, dar tal poder a essa turba de ambientaleiros.

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