terça-feira, 24 de abril de 2012

Massa falida da Vasp prepara novo lote de sucata para leilão

Estacionados há sete anos em Congonhas, quatro aviões da Vasp estão sendo desmontados desde o início do mês. A sucata irá a leilão. Esse já foi o destino de outras quatro aeronaves em agosto de 2011 --somente uma foi vendida inteira. Cada uma ocupa um espaço que poderia gerar receita de R$ 100 mil ao mês à Infraero. Os aviões fazem parte da massa falida da Vasp, que deixou de voar em 2005 e veio à falência em 2008, após não conseguir cumprir seu plano de recuperação judicial. A Infraero foi contratada pelo Conselho Nacional de Justiça para fazer o serviço com o objetivo de agilizar o processo de falência, além de abrir espaço no aeroporto. Toda a sucata, porém, ainda permanece no pátio do aeroporto. Num primeiro leilão, em fevereiro, foram arrecadados R$ 291 mil com os quatro primeiros aviões sucateados e um Boeing-737/200 inteiro --tudo até hoje no local. Os recursos serão usados para saldar dívidas da Vasp. Não há data para o leilão do material que sobrou dos quatro aviões "picotados" neste mês. A expectativa é obter ao menos R$ 30 mil com a sucata de cada aeronave --menos do que o custo de R$ 35 mil para transformar cada avião em ferro-velho. Do segundo lote de aviões desmontados, a Infraero concluiu o serviço em três --um Airbus A300 e dois Boeing-737/300. A estatal espera terminar de "picotar" o último A300, que tem 208 lugares e que foi usado em rotas internacionais, em três dias. O espólio da Vasp ocupa 118 mil metros quadrados em Congonhas - 7% da área do aeroporto. Um hangar de manutenção não pode ser retomado porque restam nele 80 mil peças de reposição que integram a massa falida e devem ser leiloados, após a sucata dos aviões desmontados neste mês.

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