quarta-feira, 11 de abril de 2012

Impasse entre União e prefeitura sobre modelo de pagamento ameaça metrô de Porto Alegre

Seis meses após a presidente Dilma Rousseff anunciar a construção do metrô de Porto Alegre, divergências em torno do cronograma de pagamento da obra criaram um impasse entre o Planalto e autoridades gaúchas. O prefeito José Fortunati se reuniu na tarde desta quarta-feira, em Brasília, com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, para tentar definir a modelagem financeira do empreendimento, mas saiu apreensivo do encontro. No acordo costurado em outubro para viabilizar o metrô da Capital, a União se comprometeu a bancar R$ 1 bilhão. Como a obra está orçada em R$ 2,4 bilhões, a diferença seria dividida entre governo do Estado, prefeitura e iniciativa privada. O Ministério do Planejamento e a Secretaria do Tesouro Nacional, no entanto, defendem que a empresa contratada para construir e operar o sistema de metrô seja ressarcida somente ao final das obras, que devem se estender por pelo menos seis anos. A prefeitura teme que o novo modelo inflacione o custo do metrô, na medida em que o consórcio responsável pelo empreendimento terá de se capitalizar no mercado financeiro para arcar com o projeto. Estimativas preliminares de técnicos da prefeitura apontaram que a operação poderá acarretar um aumento de até R$ 1 bilhão no valor do empreendimento. "Se o governo federal não bancar o custo extra, não há obra. A prefeitura e o Piratini não têm como colocar um centavo a mais do que já se comprometeram", advertiu Fortunati. Anote: não vai sair metrô algum em Porto Alegre.

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