domingo, 8 de abril de 2012

Grupo protesta contra a ditadura militar em frente à casa de legista

Em frente à casa de Harry Shibata
O "dia do esculacho popular", como foi chamado pelos manifestantes ligados à organização clandestina terrorista MST, aproveitou o dia do legista, comemorado no dia 7 de abril, para lembrar a atuação do médico Harry Shibata durante o governo militar. Segundo manifestantes, Shibata elaborou falsos laudos médicos que teriam acobertado atos de tortura e assassinatos. O evento também foi marcado por críticas à demora do governo petista de Dilma Rousseff em nomear os integrantes da Comissão da Verdade, instituída em dezembro. "É uma constatação que há uma demora em indicar os nomes da comissão", afirmou Ângela Mendes de Almeida, companheira de Luiz Eduardo Merlino, militante do POC (Partido Operário Comunista), morto em 1971, em uma prisão em Santos. José Luiz Del Royo, cuja mulher Isis Dias de Oliveira desapareceu aos 29 anos, em 1972, é preciso pressa na análise dos casos ainda obscuros de desaparecimentos e mortes durante o regime militar. No ato, que ocorreu no bairro de Pinheiros, na zona Oeste de São Paulo, manifestantes carregaram fotos de desaparecidos e mortos, além de faixas com os dizeres: "Punição para os torturadores". Em frente à casa de Harry Shibata, eles cantaram e leram nomes de mais de 10 pessoas que, segundo os manifestantes, tiveram laudos produzidos pelo médico. Entre os citados, o jornalista Wladimir Herzog. Testemunhas afirmam que o jornalista foi torturado e morto, mas o seu falecimento foi registrado como suicídio. "Shibata é uma peça importante da ditadura e seus métodos de torturar sem deixar marcas são até hoje praticados pela polícia. É contra a tortura que ainda existe hoje que também lutamos", disse a estudante Cândida Guariba, 20 anos, neta de Heleny Guariba, desaparecida política. Os manifestantes escreveram as palavras "assassino" e "criminoso" no muro da casa do médico e deixaram na calçada fotos de mortos e desaparecidos, além de uma coroa de flores, em homenagem aos mortos pelo regime.

Um comentário:

Anônimo disse...

Estes arruaceiros nem sabem o que realmente ocorreu durante o govêrno militar que salvou o Brasil e os brasileiros de um regime comunistóide que, fatalmente, se instalaria em Pindorama.
Os perseguidos retornaram à pátria e hoje forram as burras com o dinheiro do erário, os pilantras de ontem hoje governam.
Poucos morreram - de ambos os lados -
e os que aí estão, gozam as benesses do investimento feito em 1964.