domingo, 8 de abril de 2012

Estaleiros atrasados podem afetar o pré-sal

A presidente da Petrobras, Graça Foster, reclama que os estaleiros brasileiros estão lhe dando uma grande preocupação. Os números das encomendas deixam claro o motivo: até 70% das sondas que a companhia contratou no País para explorar o pré-sal serão montados em estaleiros que ainda não existem ou que atravessam graves problemas de atrasos e gestão. Além disso, aqueles em operação já estão assoberbados com encomendas. Um atraso na entrega das sondas significaria retardar a transformação das reservas do pré-sal em caixa para a companhia. Os próprios estaleiros estão pessimistas com as primeiras sondas, que têm entrega prevista para 2015. A Petrobras contratou 33 sondas para serem construídas no Brasil e está em fase avançada de negociação para outras duas. Custarão ao todo cerca de US$ 28 bilhões para serem montadas. Nunca uma sonda dessas foi fabricada no País. A princípio, as sondas devem ficar distribuídas entre Keppel Fels (estaleiro já operacional, 6 sondas); Atlântico Sul (operacional, mas com atrasos, 7 sondas); Enseada Paraguaçu (virtual, 6 sondas); Jurong Aracruz (virtual, 6 sondas); Rio Grande (operacional, 3 sondas); Eisa Alagoas (virtual, de 3 a 4 sondas) e Mauá (operacional, 1 ou 2 sondas). As duas sondas extras estão sendo negociadas com a OSX (virtual).

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