quarta-feira, 25 de abril de 2012

CPI dos Bingos deve ser desarquivada pela CPMI do Cachoeira

Os documentos produzidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, que funcionou no Senado há seis anos, deverão ser desarquivados pela recém-criada Comissão Parlamentar Mista (CPMI) do Cachoeira, que vai apurar as ligações do empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso por suspeita de envolvimento em corrupção e jogos ilícitos. O requerimento para desarquivar as informações não chegou a ser apreciado na primeira reunião da comissão, mas conta com o apoio tanto da oposição quanto dos governistas. Na CPI dos Bingos, Cachoeira foi uma personagem importante e foi indiciado no relatório. Também conhecida como "CPI do Fim do Mundo", a comissão investigou o ex-assessor do então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, Waldomiro Diniz e o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci. O deputado Onyx Lorenzzoni (DEM-RS) defendeu o desarquivamento dos documentos da CPI. "Lá na CPI dos Bingos estão todos os documentos que indicam o início dessa investigação. Estão todas as quebras de sigilo. Os documentos estão aqui, as informações estão na Secretaria do Senado. A defesa que o DEM faz é que nós iniciemos pela CPI dos Bingos e que, na próxima semana, foi o apelo que eu fiz ao presidente da CPMI do Cachoeira, já se faça a convocação e se apresente os pedidos de quebra de sigilo", destacou. "Nos arquivos da CPI dos Bingos, há depoimentos importantes como o do Waldomiro Diniz, que traz a origem, a continuidade e a estruturação da organização criminosa comandada por Carlos Cachoeira", completou Lorenzzoni. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) também concorda com o desarquivamento da CPI dos Bingos. "Com o desarquivamento da CPI dos Bingos eu concordo, mas só com esse pedido. Tem tudo a ver. O Cachoeira era um dos principais investigados e temos tudo arquivado aqui", disse.

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