domingo, 22 de abril de 2012

Cachoeira pode ser o "laranja" dos "laranjas"

O bicheiro Carlos Cachoeira pode ser o “cérebro”, mas dificilmente seus negócios prosperariam nas mãos dos “subs”, interlocutores que parecem atores de chanchada, deslocados em gabinetes oficiais. Por trás do poder do “chefão” estariam máfias da Ásia, Espanha e da Itália – esta ainda sob implacável perseguição judicial. Estudo do Instituto Brasileiro Giovani Falconi – homenagem ao célebre juiz antimáfia – derruba a teoria de que o goiano age sozinho, controlando milhões. O IBGF lembra que o Cartel de Cali deu R$ 6 milhões ao então presidente Ernesto Samper, através de um “arrecadador” oculto. O modus operandi das máfias inclui a coleta de lixo, jogo eletrônico e construção civil. Cachoeira tinha parceiro coreano na loteria do Rio de Janeiro. A subcontratação de “laranjas” oficializa o dinheiro, redirecionado ao financiamento de campanhas políticas, corrompendo o poder decisório. Escolhido pelo PTB para integrar a CPI de Cachoeira, Silvio Costa (PE) prevê: “Se antes era uma loucura, agora, com internet, o bicho pega”. (Claudio Humberto)

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