sábado, 3 de março de 2012

Tarso Genro ataca ministro Mercadante por causa do piso salarial nacional dos professores

Uma declaração do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), a respeito do ministro da Educação, Aloizio Mercadante (PT), pode abrir uma crise entre dois expoentes do partido. Tarso Genro disse que o atual ministro da Educação tem uma opinião "totalmente furada" sobre o pagamento do piso nacional para os professores da rede pública, que ele, Tarso Genro, se nega peremptoriamente a pagar, durante todo o seu governo. O ministério havia anunciado na segunda-feira o reajuste do piso para R$ 1.451,00 com correção atrelada ao aumento no valor gasto por aluno no Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica). Isso é o que prevê lei federal. A medida dificultou ainda mais o cumprimento da lei pelo governo Tarso Genro, que só conseguiria pagar o magistério se mexesse no plano de carreira produzido pela ditadura militar, como aliás também manda a lei, mas que ele se nega a fazer, com medo de perdas políticas. Hoje, o Estado paga R$ 791,00 por contrato de 40 horas ao professor sem graduação universitária. "A opinião do Mercadante é uma opinião, do ponto de vista jurídico, totalmente furada e que não tem respaldo na realidade jurídica do país e nem nas relações federativas", declarou Tarso Genro. O governador petista acrescentou: "Piso é um valor constante, atualizável pela inflação. Sou totalmente favorável ao piso do Fundeb, mas quem o instituiu deve repassar recursos a Estados e municípios para complementá-lo", declarou. O governador petista gaúcho comandou o Ministério da Educação de janeiro de 2004 a julho de 2005, durante a primeira gestão de Lula da Silva (2003-2006), que elaborou a lei de remuneração nacional, aprovada pelo Congresso em 2006.

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