segunda-feira, 5 de março de 2012

Piso nacional salarial faz governo petista gaúcho repensar plano de carreira do magistério

Após a decisão da Justiça estadual que determinou o pagamento do piso salarial nacional do magistério no Rio Grande do Sul, e também dos salários atrasados desde que a lei federal entrou em vigor, o governo petista gaúcho admitiu a possibilidade de promover alterações no plano de carreira da categoria. Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, após o anúncio da sentença da Justiça, o chefe da Casa Civil, petista Carlos Pestana, afirmou que a determinação legal, da qual o governo vai recorrer, pode levar o Estado a repensar a política salarial dos professores. O recurso deverá ser julgado pelo Tribunal de Justiça em data ainda não definida. O Estado mobiliza sua equipe jurídica e cogita, pela primeira vez, estudar mudanças no atual plano de carreira dos professores. Agora o petista reconhece que o atual modelo, por prever uma grande diferença entre os vencimentos mais baixos e os mais altos, que pode chegar a 400%, multiplica o impacto dos reajustes sobre o Tesouro. "Talvez essa sentença nos leve a fazer esse debate de mudar o plano. É uma discussão que temos de avaliar", comentou Carlos Pestana. Até o momento, 24 Estados já fizeram alterações nos seus planos de carreira para se adequar à legislação nacional. Agora o petista Carlos Pestana admite: "Nosso problema não é pagar o piso. Nosso problema se refere à questão dos efeitos que o piso tem no plano de carreira". Eles jamais admitiram isso em governos passados, e sempre impediram outros governos de mexer no famigerado plano de carreira, produzido pela ditadura militar, e que destruiu a educação pública no Rio Grande do Sul.

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