terça-feira, 20 de março de 2012

Oposição se retira do plenário mas base aliada de Tarso Genro aprova reajuste do magistério

Por 29 votos a zero, os deputados estaduais gaúchos aprovaram o projeto de lei que reajusta o salário dos professores gaúchos em 23,5%, divididos em três parcelas, que se espraiarão por quatro anos. A sessão na Assembleia Legislativa durou mais de cinco horas e foi marcada por ofensas e vaias. Seria necessário no mínimo 28 votos para a aprovação do projeto. Antes da votação, os deputados da oposição abandonaram o plenário. Em um dos momentos mais tensos, o deputado Jorge Pozzobom (PSDB) subiu à tribuna para criticar o governador Tarso Genro, que não está pagando o piso nacional do magistério, conforme prometeu em campanha. Exaltado, ele chamou o governador petista de "palhaço". Na tentativa de ganhar prazo para negociação e obter a retirada do regime de urgência do projeto, os deputados de oposição revezam-se na tribuna em críticas ao projeto e pediram várias verificações de quórum, tentando surpreender a base aliada durante breves momentos em que seus deputados deixam por alguns instantes o plenário. Por 27 votos a 21, também foi rejeitado o requerimento da oposição que determinava que o governo petista teria o prazo de 60 dias para enviar à Assembleia um novo cronograma prevendo o pagamento do piso nacional da categoria, fixado em R$ 1.451,00. Com a aprovação dessa lei, o governo petista de Tarso Genro consolida que não irá pagar o piso salarial nacional do magistério público durante toda sua administração. Nem obedecerá ordem judicial. E confirma que está criando uma nova e gigantesca dívida, de mais de cinco bilhões de reais, em precatórios para os professores, pelos salários não pagos.

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