terça-feira, 27 de março de 2012

Ministério Público quer mudanças em sorteios de árbitros

O Ministério Público Estadual de Minas Gerais entrou nesta terça-feira com ação civil pública contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Federação Mineira de Futebol pedindo que a Justiça determine mudança na forma como são escolhidos os árbitros para as partidas das competições organizadas pelas duas entidades. Na ação, elas são acusadas de descumprirem o Estatuto do Torcedor e fazerem o direcionamento da escolha porque, segundo o Ministério Público Estadual, incluem apenas dois árbitros nos sorteios para cada partida. Além disso, a Promotoria de Defesa do Consumidor pede que a Justiça proíba a Federação Mineira de Futebol de aceitar patrocínio para o uniforme dos árbitros. Atualmente, o patrocinador, o banco BMG, é o mesmo que estampa seu nome nos uniformes do Atlético-MG e do Cruzeiro. O promotor Edson Antenor Lima Paula ressaltou que a ação é resultado de um inquérito instaurado em 2010, quando o presidente do Ipatinga, Itair Machado, denunciou que o então técnico do Atlético-MG, Wanderley Luxemburgo, interferiu na escolha dos árbitros que seriam sorteados para uma partida contra o Cruzeiro. Ele não queria que André Luiz Martins Dias Lopes participasse do processo porque ele seria muito rígido e o Atlético-MG tinha vários jogadores com cartões amarelos. Lopes foi excluído sob alegação de que estaria contundido, mas o próprio árbitro apresentou atestado comprovando que foi aprovado nos testes físicos.Segundo o promotor José Antônio Baêta, não foi comprovada nenhuma fraude no resultado da partida, mas o Ministério Público Estadual continuou apurando o caso e verificou que a CBF agia da mesma forma. Edson Lima afirmou que foram feitas reuniões com representantes das duas entidades para tentar uma mudança "amigável", por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), mas não houve acordo.

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