quarta-feira, 28 de março de 2012

Itália confisca bens da família Gaddafi, avaliados em R$ 2,6 bilhões

A Polícia Financeira italiana confiscou nesta quarta-feira as contas correntes e ações avaliadas em 1,1 bilhão de euros (cerca de R$ 2,6 bilhões) que o falecido ditador líbio Muammar Gaddafi e sua família, assim como o ex-chefe dos Serviços Secretos, Abdullah Senussi, mantinham na Itália. A medida adotada pela Polícia Financeira ocorre depois de um pedido do Tribunal Penal Internacional de Haia. Os bens estão nos nomes de dois fundos soberanos líbios, o Libyan Investment Authority (LIA) e o Libyan Arab Foreign Investment Company (LAFICO). Dentre os bens confiscados figura a participação de 1,256% que a família Gaddafi possuía no banco Unicredit, o maior da Itália, equivalente a 611 milhões de euros (R$ 1,4 bilhão). As autoridades italianas apreenderam sua cota de 0,58% no conjunto de acionistas da empresa de hidrocarbonetos Eni, no valor de 410 milhões de euros (R$ 997 milhões), 2% que tinham no grupo industrial italiano Finmeccanica, assim como sua participação nas sociedades do fabricante automobilístico Fiat. Além de suas cotas no conjunto de acionistas de diferentes empresas italianas, a Polícia Financeira confiscou várias contas correntes, assim como 150 hectares em terrenos na ilha de Pantelária, no sudoeste da Sicília, um apartamento em Roma e duas motocicletas, uma delas uma Harley Davidson. Os bens confiscados nesta quarta-feira já haviam sido congelados em março de 2011 pelas autoridades italianas, de acordo com as sanções econômicas contra o derrubado regime de Trípoli aprovadas pela União Europeia e as Nações Unidas, após o início do conflito no país.

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