segunda-feira, 26 de março de 2012

Israel rompe com Conselho de Direitos Humanos da ONU

Israel rompeu o Conselho de Direitos Humanos da ONU, que aprovou mais uma resolução contra o país e decidiu investigar os assentamentos judaicos na Cisjordânia. Fez muito bem! O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, foi ao ponto: “Este Conselho, com maioria automática hostil a Israel, é hipócrita e deveria se envergonhar. Foram tomadas 91 decisões, 39 delas relativas a Israel, com três referentes à Síria e uma ao Irã". A conta dele está certa e fala por si mesma. Conselho de Direitos Humanos? Aquilo parece uma piada, um antro de ditadores e vigaristas. Trata-se de um arranjo político, para dar “poder aos pequenos”, daí que a distribuição de cadeiras obedeça a um critério regional. Só os Estados Unidos se opuseram à resolução contra Israel. Dez países se abstiveram, e os demais votaram a favor. A seguir a lista dos países "exemplares" que integram o tal conselho entre junho de 2011 e dezembro de 2012: ÁFRICA - Angola 2013, Benin 2014, Botswana 2014, Burkina Faso 2014, Camarões 2012, Congo 2014, Djibouti 2012, Líbia 2013, Mauritânia 2013, Ilhas Maurício 2012, Nigéria 2012, Senegal 2012, Uganda 2013; AMÉRICA LATINA - Chile 2014, Costa Rica 2014, Cuba 2012, Equador 2013, Guatemala 2013, México 2012, Peru 2014, Uruguai 2012; ÁSIA - Bangladesh 2012, China 2012, Índia 2014, Indonésia 2014, Jordânia 2012, Kuwait 2014, Quirguistão 2012, Malásia 2013, Maldivas 2013, Filipinas 2014, Qatar 2013, Arábia Saudita 2012, Tailândia 2013; Europa Ocidental - Áustria 2014, Bélgica 2012, Itália 2014, Noruega 2012, Espanha 2013, Suíça 2013, Estados Unidos 2012; EUROPA ORIENTAL - República Checa 2014, Hungria 2012, Polônia 2013, Moldávia 2013, Romênia 2014, Rússia 2012. A África, por exemplo, tem direito a 13 das 47 cadeiras. Tente encontrar 13 países naquele continente que tenham os direitos humanos como fundamento… América Latina fica com oito. Cuba, que acaba de prender 70 pessoas, como sinal de boas-vindas ao papa, brilha no grupo. Veja o grupo da Ásia. Alguém conhece país mais humanista do que a China? As resoluções do Conselho de Direitos Humanos são essencialmente políticas, pautadas por um antiamericanismo patológico. Por que não investigar o massacre de cristãos na Nigéria ou na Indonésia, a perseguição aos dissidentes em Cuba e o permanente massacre no Sudão (a divisão mudou muito pouco a realidade do país)? É uma piada grotesca que notórias tiranias façam parte justamente de um “Conselho de Direitos Humanos” e que esse conselho tenha Israel como seu alvo principal.

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