terça-feira, 27 de março de 2012

Gurgel pede ao STF abertura de inquérito para investigar Demóstenes

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito para investigar o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), entendendo que existem indícios de uma ligação criminosa entre o parlamentar e o empresário do ramo de jogos, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Ele afirmou que requisitou ao tribunal a autorização para a realização de uma série de "diligências", sem entrar em detalhes sobre quais seriam elas, por se tratar de um procedimento coberto pelo segredo de Justiça. Esse é um pedido formal que deverá ser atendido pelo Supremo, pois nesta fase de uma investigação criminal, o responsável por sua condução é o procurador-geral da República. Ao chegar ao Tribunal Superior Eleitoral, Gurgel disse a jornalistas que decidiu requisitar a abertura do inquérito por entender que existem indícios suficientes de prática de crime na ligação entre senador e o empresário. "Considerei grave o suficiente para que houvesse o pedido de instauração de inquérito. É um volume muito extenso de interceptações telefônicas cobertas pelo sigilo e de um período bastante longo", afirmou. Questionado, Gurgel disse que essas interceptações ocorreram em um período de mais ou menos dez meses e muito do material analisado não estava degravado, motivo explicado por ele para não ter pedido a abertura do inquérito antes: "Os indícios são sempre relacionados ao personagem central daquelas investigações que resultaram na Operação Monte Carlo, que é conhecido como Carlinhos Cachoeira". O pedido de Gurgel já foi protocolado no STF sob o título de Inquérito e recebeu o número 3430.

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