quinta-feira, 1 de março de 2012

Grupo acha suposta menção mais antiga à ressurreição de Jesus

Um grupo de arqueólogos e especialistas em assuntos religiosos apresentou em Nova York as conclusões de um estudo do qual faz parte uma possível inscrição em grego sobre a ressurreição de Jesus. A hipótese teria como base objetos encontrados em um túmulo localizado em Jerusalém há três décadas. "Até agora me parecia impossível que tivessem aparecido túmulos desse tempo com provas confiáveis da ressurreição de Jesus ou com imagens do profeta Jonas, mas essas evidências são claras", afirmou na terça-feira o professor James Tabor, diretor do departamento de estudos religiosos da Universidade da Carolina do Norte, um dos responsáveis pela pesquisa. Descoberto em 1981 durante as obras de um prédio no bairro de Talpiot, o túmulo está situado a menos de quatro quilômetros da Cidade Antiga de Jerusalém. Um ano antes, no mesmo lugar, havia um túmulo que muitos acreditam ser de Jesus e sua família. Junto com o professor de arqueologia Rami Arav, da Universidade de Nebraska, e do cineasta canadense de origem judaica Simcha Jacobovici, Tabor obteve permissão da Autoridade de Antiguidades de Israel para estudar o local desde que não houvesse participação humana. Para atender ao pedido, câmeras de alta tecnologia foram usadas. Em uma das ossadas encontradas, que os especialistas situam em torno do ano 60 d.C., é possível ver a imagem de um grande peixe com uma figura humana na boca. Segundo os pesquisadores, seria uma representação que evoca a passagem bíblica do profeta Jonas. A pesquisa também descobriu uma inscrição grega que faz referência à ressurreição de Jesus, detalhou o professor Tabor. Ele acrescentou que essa prova pode ter sido realizada "por alguns dos primeiros seguidores de Jesus". "Nossa equipe se aproximou do túmulo com certa incredulidade, mas os indícios que encontramos são tão evidentes que nos obrigaram a revisar todas as nossas presunções anteriores", acrescentou o especialista, que acaba de publicar um livro sobre a pesquisa, "The Jesus Discovery". O professor reconhece que suas conclusões são "controversas" e que vão causar certo repúdio entre os "fundamentalistas religiosos", enquanto outros acadêmicos seguirão duvidando das evidências arqueológicas da cristandade. Anteriormente, essa mesma equipe de pesquisadores participou do documentário "O Túmulo Secreto de Jesus", produzido pelo cineasta James Cameron. Na obra, os arqueólogos encontraram dez caixões que asseguram pertencer a Jesus e sua família, incluindo a Virgem Maria, Maria Madalena e um suposto filho de Jesus. Segundo o documentário, as ossadas supostamente apresentavam inscrições correspondentes às identidades de Jesus e sua família, o que acaba reforçando a versão apresentada no livro "O Código da Vinci", de Dan Brown, o mesmo que indica que Jesus foi casado com Maria Madalena e que ambos teriam tido um filho juntos.

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