sábado, 3 de março de 2012

Entrada de Serra mostra fracasso do PSDB em formar líderes

A edição da revista britânica "The Economist" nas bancas destaca a entrada do ex-governador José Serra na disputa eleitoral pela prefeitura de São Paulo. De acordo com a publicação, a "entrada tardia' do ex-governador na corrida eleitoral evidencia fracasso do PSDB para formar uma nova geração de líderes. A revista diz que a derrota de Serra na eleição presidencial de 2010 convenceu os tucanos de que havia chegado a hora de lançar uma cara nova para a corrida municipal, mas que a falta de novos líderes para representar o partido fez com que Serra voltasse a ser "a grande fera" do PSDB. Principalmente depois de o prefeito Gilberto Kassab ter aberto negociações com o PT para uma aliança em torno da candidatura de Fernando Haddad. A reportagem afirma também que a entrada de Serra nacionaliza a disputa municipal e que é o nome do partido que pode deter o plano petista de avançar sobre São Paulo, enxergando na conquista da capital paulista um trampolim para ganhar a eleição para o governo de São Paulo em 2014. A reportagem também lembra que será usado contra ele o fato de ter renunciado à prefeitura de São Paulo em 2006 para disputar o governo do Estado, apesar de ter registrado em cartório documento em que comprometia em cumprir o mandato de quatro anos. "Serra deixou a prefeitura em 2006 apenas 15 meses depois da posse, apesar de ter prometido durante a campanha que serviria o mandato completo. Esse é seu principal passivo. Os eleitores suspeitam que ele ainda alimenta ambições presidenciais e que pode abandonar seu mandato de prefeito". O repórter da The Economist esqueceu que o PT até hoje é dependente de apenas uma pessoa, Lula. E que o ex-ministro Tarso Genro ganhou seu apelido de "peremptório" após garantir em televisão que não abandonaria a prefeitura de Porto Alegre para concorrer ao governo do Rio Grande do Sul.

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