segunda-feira, 26 de março de 2012

Em protesto, jovens acusam ex-delegado por crimes cometidos na ditadura

Cerca de cem integrantes do Levante Popular da Juventude, em sua maioria universitários, participaram nesta segunda-feira de um ato protesto diante da sede da empresa de segurança Dacala, na Avenida Vereador José Diniz, na zona sul de São Paulo. Com carro de som, faixas, bumbos, cartazes e material de pichação, eles acusaram publicamente o proprietário da empresa, o delegado aposentado David dos Santos Araújo, de ter torturado, estuprado e assassinado militantes políticos que se opunham à ditadura militar, na década de 1970. "Há um assassino e estuprador à solto na vizinha", diz o manifesto que foi distribuído pelos manifestantes aos funcionários da empresa e às pessoas que passavam pela rua, uma das mais movimentadas da região. Eles também lembraram depoimentos de ex-presos políticos, segundo os quais o delegado se escondia sob a alcunha de Capitão Lisboa, durante as sessões de tortura. Os jovens organizados pelo Levanta Popular da Juventude também promoveram protestos semelhantes em Porto Alegre, Belo Horizonte, Fortaleza, Rio de Janeiro, Belém e Curitiba. O principal objetivo deles é chamar a atenção do governo para a questão da Comissão Nacional da Verdade. Criada oficialmente em novembro do ano passado, ela não foi instalada até hoje.

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