terça-feira, 20 de março de 2012

Dilma ignora ações de aliados e avalia que não há crise na base

Apesar das seguidas e visíveis ações dos aliados contra o governo, que não tem garantia de vitória nas matérias que devem ser votadas nesta semana no Congresso, a presidente Dilma Rousseff considera que não há uma crise na base aliada. Para ela, há problemas com as mudanças nas lideranças congressistas e, com o tempo, os aliados se acalmarão. Ao menos esse é o discurso que os assessores próximos à presidente tentam disseminar, apesar de diariamente partidos anunciarem que reunirão suas bancadas no Congresso para avaliar seu apoio ao Executivo. Segundo relato de um deles, quando a presidente é questionada sobre crise política responde de bate pronto: "Que crise?" A negação da crise pode se tornar algo ainda mais perigoso para a presidente, já que a pressão dos partidos aliados continua crescendo e não houve respostas claras às reivindicações. Nesta terça, por exemplo, o PR, cujos senadores anunciaram na última quarta-feira que vão fazer oposição à Dilma, reúne presidentes dos diretórios regionais e pode decidir institucionalmente ir para a oposição. São sete votos a menos para o governo no Senado. E se os deputados do PR seguirem o mesmo caminho serão 40 votos a menos na Câmara. "Sempre teve um grupo entre 10 e 12 deputados que queria fazer oposição ao governo", contou um parlamentar do partido sob condição de anonimato.

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