sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Professor diz que Internet das coisas não deve ser demonizada

"Não vamos demonizar a internet das coisas por causa da tecnologia que ela usa", disse o professor José Roberto de Almeida Amazonas, da Escola Politécnica da USP, durante palestra na Campus Party nesta sexta-feira. A possibilidade de máquinas passarem a ler dados pessoais para agilizar processos burocráticos costuma causar protestos em defesa da privacidade e da segurança da informação pessoa, segundo o Amazonas: "Quem fala que invade a privacidade, tem lá na internet um perfil no Facebook, contando toda a vida". "A internet das coisas dá a possibilidade de intervir em uma realidade sem a atuação humana", explica o professor. O uso dessa tecnologia ocorre, por exemplo, em processos como quando um passaporte eletrônico é 'lido' por uma máquina. Durante a apresentação do coordenador da Casagras2 (projeto sobre internet das coisas da Comissão Europeia), algumas aplicações da internet das coisas foram apresentadas. No Japão, marcadores eletrônicos foram espalhados pela rua para auxiliar deficientes visuais. Com uma bengala eletrônica, é possível que eles se orientem pela cidade e tracem suas próprias rotas. Na Rússia, o RFID (espécie de etiquetas eletrônicas) é utilizao utilizadas em identidades pessoais. Na Malásia ocorre o mesmo, mas o documento eletrônico engloba a carteira de saúde. Isso permite que a incômoda tarefa de ir ao hospital seja automatizada, reduzindo os gastos de operação. Na Coreia do Sul, o governo usa a internet das coisas para controlar o uso da eletricidade, gás e água, prevenir acidentes e averiguar a estabilidade de estruturas físicas: "No Brasil seria bom para gente já que desabamento de prédio virou esporte nacional".

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