quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Presidente da Airbus abre investigação sobre rachaduras na fuselagem do superjato A380

O presidente da Airbus ordenou uma investigação interna sobre como a companhia permitiu o surgimento de rachaduras nas asas do A380, agindo após semanas de publicidade negativa para o maior avião de passageiros do mundo. O presidente-executivo Tom Enders reiterou que o superjumbo é seguro e que engenheiros repararam finas rachaduras nas asas do modelo. Ele afirmou ainda que quer evitar que as preocupações se espalhem para o futuro jato A350. "Cometemos um pequeno erro aqui e o estamos reparando o mais rápido possível", disse Enders durante a feira de aviação de Cingapura, nesta quarta-feira. "Este avião é absolutamente seguro", acrescentou. "Estamos aprendendo com isso. Com certeza. Estamos levando as lições do programa do A380 para o programa do A350", garantiu o executivo, referindo-se ao próximo projeto da companhia, um avião de médio porte projetado para competir com o Boeing 787 Dreamliner. "Temos uma investigação em andamento sobre como pudemos cometer esses erros, para erradicar as fontes destes equívocos", acrescentou. Uma série de revelações sobre as rachaduras, que a Airbus e autoridades afirmam que não afetam componentes cruciais para a segurança, constrangeu a fabricante e colocou uma sombra sobre a indicação de Enders para dirigir a controladora da Airbus, a EADS, a partir de junho. A Airbus afirmou que uma combinação de problemas de design e manufatura colocou muito estresse em alguns dos 2.000 suportes que fixam o exterior de cada asa à estrutura interna. O processo de reparo implica em tirar de circulação o avião de 525 lugares por vários dias, algo que a Airbus terá que compensar as companhias aéreas clientes. A frota de A380 em serviço é de 69 unidades.

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