segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Policiais militares grevistas da Bahia entram em confronto com as tropas federais

Um grupo de policiais militares grevistas que estava do lado de fora da Assembléia Legislativa da Bahia entrou em confronto com as forças de segurança que cercam o local nesta segunda-feira. Ao menos 1.000 homens do Exército, da Força Nacional de Segurança e da Tropa de Choque da Polícia Militar cercam o prédio em Salvador, onde os policiais militares acampam com suas famílias desde terça-feira, dia em que deram início à greve. Os grevistas do lado de fora avançaram contra as tropas, que reagiram com balas de borracha e bombas de efeito moral. Mais cedo, houve confronto entre as forças federais e os familiares dos grevistas, quando parentes de policiais militares tentaram entrar no local. As tropas dispararam balas de borracha contra os manifestantes. Com o apoio das tropas federais, o governo baiano tenta desocupar o prédio, além de cumprir 11 dos 12 mandados de prisão expedidos pela Justiça baiana contra os líderes do movimento, que estão no local. O abastecimento de energia elétrica na Assembléia foi cortado por volta das 19 horas de domingo. As tropas federais fizeram incursões no entorno do edifício, usando, entre outros veículos, os blindados Urutu do Exército, que chegaram à cidade, e helicópteros. A iluminação de alguns pontos e dos holofotes instalados do lado externo é mantida por geradores de energia, usados para casos de emergência. O Exército fechou todo o acesso à região da Assembléia Legislativa. Os policiais grevistas dizem não querer confronto com as tropas do Exército ou com os 40 integrantes do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal, que chegaram no domingo a Salvador para cumprir os mandados de prisão. Contudo, avisam que vão responder eventuais atos de violência com violência. Além do Exército, homens da Companhia de Operações Especiais da Polícia Militar estão nas proximidades da Assembléia. O pedido para a desocupação do prédio da Assembléia foi feito no domingo à tarde pelo presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo, ao general Dias. Nilo disse que “os trabalhos legislativos precisam voltar à normalidade e que a Assembléia não pode ser usada como abrigo para foragidos da Justiça”. O deputado falou ainda que o pedido partiu dele mesmo e não do governador.

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