quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Petrobras ainda aguarda sinal da PDVSA

O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, informou que iria aguardar até a meia-noite desta terça-feira o sinal verde do BNDES para a entrada da estatal venezuelana PDVSA no capital da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, projeto que já está com 50% das obras finalizadas. A empresa brasileira tinha determinado o prazo de 31 de janeiro para a petrolífera venezuelana entregar garantias financeiras ao BNDES que permitissem a sua entrada como sócia da refinaria, já que a Petrobras contraiu financiamento de R$ 10 bilhões para o projeto com o banco, antecipando a parte da PDVSA. Pelo acordo firmado entre o então presidente Lula e o ditador da Venezuela, Hugo Chávez, em 2005, a Petrobras teria 60% do empreendimento, e a PDVSA, 40%. A refinaria está orçada em R$ 26 bilhões e vai ter capacidade para processar 200 mil barris diários de petróleo, como foco na produção de diesel, produto importado pelo Brasil. Para assumir a sua parte, e com isso ter direito a uma participação na refinaria, a PDVSA teria que entregar as garantias financeiras ao banco até esta terça-feira. Em outubro do ano passado, a PDVSA chegou a entregar garantias ao banco, que foram consideradas "aceitáveis", mas que dependiam da "apresentação de instrumentos que formalizarão as garantias bancárias em termos satisfatórios ao BNDES". Ou seja, não foram totalmente aceitas. A novela da entrada da PDVSA na refinaria da Petrobras se arrasta há seis anos e sempre foi criticada pelo mercado, que viu na parceria um ato mais político do que empresarial. Para o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, o melhor negócio para a Petrobras é que a PDVSA não entregue nada e fique fora do negócio.

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