domingo, 19 de fevereiro de 2012

Pastor Silas Malafaia chama de "absurda" a ação que o acusa de homofobia

O pastor Silas Malafaia, da Assembléia de Deus Vitória em Cristo, classificou de "absurda" a ação na qual o Ministério Público Federal em São Paulo pede sua retratação por um discurso considerado homofóbico. "Em hipótese alguma vou pedir retratação, pois isso é um absurdo. Os gays manipularam a minha fala para me incriminar, e sou eu que tenho de pedir retratação? Isto deve ser uma brincadeira", afirmou o pastor, em nota. Segundo o pastor, querem "rasgar" a Constituição para beneficiar os homossexuais: "Vou às últimas consequências na Justiça". Os comentários de Malafaia foram feitos em julho de 2011, no programa "Vitória em Cristo", que é exibido na TV Bandeirantes em horário comprado por ele. Em meio ao debate sobre a proposta de lei para criminalizar a homofobia, o pastor falava sobre a Marcha para Jesus e a Parada Gay, eventos que aconteceram em junho em São Paulo. "Os caras na Parada Gay ridicularizaram símbolos da Igreja Católica e ninguém fala nada. É para a Igreja Católica 'entrar de pau' em cima desses caras, sabe? 'Baixar o porrete' em cima pra esses caras aprender. É uma vergonha", afirma o pastor no programa. Para o procurador Jefferson Aparecido Dias, mais do que expressar sua opinião, o pastor fez um discurso de ódio. A ação também foi movida contra a TV Bandeirantes. De acordo com o procurador, a emissora deve impedir que mensagens homofóbicas sejam exibidas em sua programação. "As gírias 'entrar de pau' e 'baixar o porrete' têm claro conteúdo homofóbico, por incitar a violência em relação aos homossexuais", afirma o procurador na ação. Aparecido Dias pede a retratação do pastor na TV, que deve ter, no mínimo, o dobro do tempo usado para fazer os comentários. Ele ainda quer que Malafaia não faça mais discursos que poderiam ser considerados homofóbicos. Durante o inquérito, o pastor afirmou que fez uma "crítica severa a determinadas atitudes de determinadas pessoas desse segmento social, acrescida também de reflexão e crítica sobre a ausência de posicionamento adequado por parte das pessoas atingidas". Ele ainda disse que as expressões "baixar o porrete" ou "entrar de pau" significam "formular críticas, tomar providências legais".

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