terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Disputa local não pode servir de "degrau" para futuro, diz a ambientaleira Marina Silva

Marina Silva (sem partido e sem mandato) disse nesta terça-feira que a disputa municipal não deve servir de "degrau" para um futuro projeto político, como eleições para governador e presidente. Marina Silva evitou comentar a decisão do ex-governador José Serra, de participar das prévias do PSDB que vão definir o nome do partido para a corrida pela prefeitura de São Paulo. Marina Silva disse que ainda não conseguiu refletir direito sobre a decisão de Serra porque estava envolvida com problemas do Acre, seu reduto eleitoral. "Obviamente, há uma avaliação aí de que só está participando das eleições de 2012 de olho nas eleições de 2014. E isso que faz com que a disputa local seja apenas um degrau e acho que a disputa local tem que ser prioridade", disse ela, desmentindo a si mesma, e já se colocando como correia de transmissão da propaganda petista. Afinal, ela tem alma petista. E completou: "Temos que viver a politica de forma ampla, sem negar projetos amplos, mas a gente não pode fazer o cálculo do que serve para o que eu quero lá na frente. O que a gente deve querer é um projeto para o Brasil". Com seu ar de santa da floresta, ela afirmou que vai se manter como eleitora na disputa municipal de outubro: "Como cidadã vou o dar meu voto. Mas não como candidata". Marina Silva, fiel ao seu petismo, tem tentado se contrapor ao governo Dilma Rousseff e buscar apoio para uma nova candidatura ao Planalto em 2014. Ela tem divulgado seu movimento "Nova Política", embrião do partido que, segundo aliados, pretende fundar para disputar a Presidência de novo. Marina Silva, que passou mais de 30 anos no petismo, que ficou quieta durante todo o episódio do Mensalão do PT e outros tantos escândalos promovidos por seus companheiros, não é exatamente a pessoa adequada para propor "Nova Política".

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