terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Corpos de militares mortos na base destruída da Antártida chegam ao Rio de Janeiro

Os corpos do primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos, de 45 anos, e do suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo, de 47 anos, mortos no incêndio da Estação Antártica Comandante Ferraz, na Antártida, chegaram à Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, às 8h50 desta terça-feira. Trazidos de Punta Arenas, no Chile, em uma aeronave C130-Hércules da FAB, eles foram recepcionados pelo vice-presidente da República, Michel Temer; pelo ministro Celso Amorim (Defesa); pelo comandante da Marinha, almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto; além de seus familiares. Foram realizadas cerimônias de homenagens "post-mortem" da Presidência da República e das Forças Armadas, em decorrência de atos de bravura praticados no combate ao incêndio. Temer conduziu a homenagem. Os dois militares froam promovidos ao posto de segundo-tenente e admissão na Ordem do Mérito da Defesa no grau de comendador. Já o comandante da Aeronáutica homenageou os militares com a concessão de "Medalha Naval de Serviços Distintos". Segundo a Marinha, os dois foram promovidos ao cargo de segundo-tenente porque a elevação de patente do primeiro-sargento para suboficial já estava tramitando. O suboficial Figueiredo era natural de Vitória da Conquista (BA), onde deve ser enterrado. Já o primeiro-sargento deve ser enterrado no Rio de Janeiro. As famílias dos dois também serão indenizadas pelo governo. O valor da indenização pode chegar a R$ 500 mil. Além desse dinheiro, os filhos em idade escolar recebem um auxílio até o ingresso na universidade. Santos deixou dois filhos: Allan, de 14 anos, e Aline, de 18 anos. Figueiredo também tinha dois filhos: Vinícius, de 25 anos, e Vítor, de 20 anos. A proposta deve antes passar pela aprovação do Congresso. Essa é a hipocrisia do governo. Cortou as verbas da base, deixou sucatear seus equipamentos, e depois homenageia mortos.

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