sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Bahia cancela edital que dava pontos para filiados a partidos

Comandado pelo petista Jaques Wagner, o governo da Bahia incluiu a militância partidária e sindical como critério de classificação para um processo seletivo (concurso). Pelo edital 001/2012 da Secretaria de Cultura, o candidato a "representante territorial" que tivesse "atuação em sindicatos, partidos e organizações da sociedade civil" poderia chegar a 10 pontos em um total de 60. Lançado para a seleção de representantes territoriais de cultura em nove regiões, o edital foi cancelado na quinta-feira. "Achei um absurdo a reação, injustificável. Mandei cancelar imediatamente", afirmou o governador. De acordo com o edital, "na análise de currículo serão observados os seguintes itens: escolaridade, com comprovada atuação na área cultural e política (mínimo de um ano) e capacitação comprovada na área cultural". Cada ano de atuação política contaria dois pontos e meio, no limite de até quatro anos de exercício partidário ou sindical. No quadro, formação política e cultural somava até 35 pontos, mais do que a acadêmica. O cargo (com remuneração mensal de R$ 1.980,00) é temporário, com contratação até dezembro deste ano. Responsável pelo concurso, o superintendente de desenvolvimento territorial, Adalberto Santos, diz que o perfil ideal é o de "ativista político". Mas que foi um erro associar "ação política" à atividade partidária. Os caras já não têm mais qualquer pudor.

Nenhum comentário: