quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

União Européia considera que Falklands é "assunto bilateral"

A União Européia anunciou nesta quinta-feira que considera "um assunto bilateral" o conflito entre Argentina e Reino Unido pelo controle das ilhas Falklands. O declaração foi feita após reportagem do "The Times" revelar que o primeiro-ministro britânico, David Cameron, planeja o envio de tropas para o território no Atlântico Sul. Apesar de não querer se envolver na questão, o porta-voz da secretaria geral da União Européia afirmou que o arquipélago aparece como dependente a um "estado membro" nos tratados europeus. Mais cedo, o "The Times" revelou que Cameron aprovou um plano de contingência que aumenta o efetivo militar na região após discussões sobre a agressividade da retórica do governo de Cristina Kirchner. Na quarta-feira, o primeiro-ministro acusou a Argentina de "colonialismo" por reivindicar a soberania sobre as ilhas. Em resposta, o ministro do Interior argentino, Florencio Randazzo, afirmou que as declarações foram "ofensivas, especialmente em se tratando de Reino Unido": "A história mostra claramente qual foi sua atitude frente ao mundo". A soberania sobre as ilhas é disputada desde 1833 entre os dois países. Em 1982, a junta militar que governava a Argentina decidiu ocupar o arquipélago e procou uma guerra, que foi ganha pelo Reino Unido e provocou centenas de mortes e graves consequências econômicas para os argentinos. A ordem de invasão foi dada pelo general Leopoldo Galtieri, o último da sequência ditatorial, como último meio de sustentar a ditadura que se esgotava. E os argentinos aderiram em peso a esta loucura. Agora, a peronista populista Cristina Kirchner, com seu país mergulhado em crise, inflação altíssima, assume o papel do farsesco general Galtieri. Os britânicos planejam enviar em breve novo efetivo à ilha da Ascensão, no oceano Atlântico, para garantir a segurança nas Falklands. O Reino Unido tem quatro aviões de combate na base de Mount Pleasant e alguns navios de patrulha. Em fevereiro, o príncipe William, segundo na sucessão ao trono britânico, viajará às Falklands para participar de treinamentos militares de resgate.

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