quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Promotoria do Cairo pede pena de morte para ex-ditador do Egito

Na mais recente audiência de um julgamento muitas vezes adiado e bastante aguardado pela população egípcia, a Promotoria do Cairo pediu nesta quinta-feira a pena de morte para o ex-ditador do Egito, Hosni Mubarak, pelas mortes de civis durante a revolução que o tirou do poder no ano passado. O pedido foi oficializado pelo promotor Mustafah Khater, que citou a punição prevista pelo Código Penal egípcio para o crime de assassinato premeditado como argumento para a sentença defendida para o caso. "O presidente da República é responsável pela proteção do povo. A questão não é apenas se ele ordenou a morte dos manifestantes, mas saber por que ele não atuou para interromper a violência", afirmou o chefe da Promotoria, Mustafa Suleiman. Ele também argumentou que o então ministro do Interior Habib el Adli, que também está sendo julgado, "não poderia ter dado a ordem de abrir fogo contra os manifestantes sem receber instruções de Mubarak". A promotoria pediu ainda a pena de morte para o ex-ministro do Interior Habib al Adli e seis funcionários que o auxiliavam durante o tempo em que participaram do regime. Além disso, Mubarak é julgado por um suposto delito de corrupção com seus filhos, Gamal e Alaa. Todos os acusados estiveram presentes no julgamento. O julgamento estava suspenso desde o dia 30 de outubro por uma reivindicação dos advogados da acusação, que pretendiam recusar os juízes encarregados do caso. No entanto, a recusa foi rejeitada e o processo contra Mubarak foi retomado no dia 28 de dezembro.

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