quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Pesquisa mostra Romney sob ameaça na primária da Carolina do Sul

O pré-candidato republicano Mitt Romney tenta reagir ao avanço dos seus rivais no Estado da Carolina do Sul e enfrenta crescente pressão para divulgar dados sobre seu vasto patrimônio. Uma nova pesquisa da CNN divulgada na quarta-feira, três dias antes da eleição primária na Carolina do Sul, mostra que a vantagem de Romney sobre o segundo colocado no Estado, Newt Gingrich, caiu para 10 pontos percentuais, depois de chegar a 19 pontos há duas semanas. Esses resultados, e a clara sensação de urgência na campanha de Romney, sugerem que a pressão de Gingrich, cobrando a declaração do seu patrimônio e tentando taxá-lo de elitista alienado, pode ter ecoado junto ao eleitorado da Carolina do Sul, onde o desemprego está próximo de 10%. Curtis Loftis, coordenador da campanha de Romney na Carolina do Sul, fez um apelo ao eleitorado para que compareça às urnas. "Temos de levar todos às urnas, do contrário não conseguiremos mandar Barack Obama para casa", disse ele. Romney venceu as duas primeiras etapas da disputa interna do Partido Republicano pela indicação à presidência e lidera as pesquisas em nível nacional. Ele é visto como moderado demais por conservadores do partido, mas é apontado nas pesquisas como o candidato mais viável para derrotar Obama, candidato democrata à reeleição em novembro. Gingrich, ex-presidente da Câmara dos Deputados, parece ter encontrado uma linha de ataque eficaz nos últimos dias, sendo aplaudido nos discursos em que enfatiza a necessidade de criar empregos. Ao mesmo tempo, o ex-deputado tem recuado da estratégia de criticar Romney por empregos perdidos em companhias que ele adquiriu na época em que comandava a firma de investimentos Bain Capital. Ainda assim, o ex-governador de Massachusetts continua enfrentando problemas por conta da sua passagem pela iniciativa privada. Dono de uma fortuna estimada em US$ 270 milhões, ele admitiu nesta semana que só paga cerca de 15% de imposto de renda, bem menos que a alíquota da maioria dos assalariados americanos. Isso acontece porque a legislação taxa mais os salários do que os lucros financeiros. Gingrich entrou de bom grado na discussão sobre a justiça desse sistema, e declarou na quarta-feira que sua alíquota de imposto é de 31%.

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