terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Itália divulga nacionalidade dos 29 desaparecidos em naufrágio de navio

O governo italiano divulgou na manhã desta terça-feira a nacionalidade das 29 pessoas que continuam desaparecidas após o naufrágio do navio de cruzeiro Costa Concordia na sexta-feira, que até o momento deixou seis mortos. Entre os que ainda são buscados estão 25 passageiros e quatro tripulantes, sendo 14 alemães, quatro franceses, dois americanos, uma peruana, um indiano e um húngaro. Entre a tripulação desaparecida estão a peruana Erika Soria, de 26 anos, que trabalhava como camareira. As últimas informações sobre seu paradeiro indicam que ela embarcou em um dos botes salva vidas mas desde então não foi mais vista. Também integravam a equipe o húngaro que atuava como bailarino e o músico italiano Giuseppe Girolamo, que tocava em um dos restaurantes no momento do impacto com uma rocha. Os outro cinco italianos são William Arloti e sua filha de cinco anos, Maria D'Introna, Maria Grazia Trecanico e Lucia Virzi. Os dois americanos são Gerrald Heil, de 69 anos, e sua mulher Barbara, de 70 anos. Dentre os seis cadáveres já recuperados, que somam o total oficial de mortos até o momento, estão o do peruano Thomas Alberto Costilla Mendoza, de 50 anos, e o do espanhol Guillermo Gual, de 68 anos. Mais cedo a imprensa italiana divulgou um telefonema entre o capitão do cruzeiro Costa Concordia e a Capitania dos Portos em que ele confirma ter abandonado o navio antes da retirada de todos os passageiros e que não voltou apesar de ter recebido ordem para retornar. A imprensa italiana transcreve nesta terça trechos da conversa entre o capitão Francesco Schettino, de 52 anos, e a Capitania dos Portos que revelam que ocultou o motivo do naufrágio. Às 21h54 (18h54 de Brasília), com o navio já encalhado em frente à ilha de Giglio, no centro da Itália, o capitão garantiu que tudo estava bem e enfrentava apenas um problema técnico. Segundo o "Corriere della Sera", a Capitania perguntou a Schettino às 0h32 (21h32 de Brasília) quantas pessoas ainda restavam a bordo. Embora a embarcação estivesse cheia, o comandante respondeu que apenas entre 200 e 300. A resposta fez levantar suspeitas à Capitania que perguntou se ele ainda estava a bordo e Schettino confessou que o navio estava inclinando e ele havia deixado o barco. "Mas como que abandonou a nave?", perguntaram a partir da Capitania. Mesmo que o capitão tenha se retratado dizendo que não tinha abandonado o cruzeiro, a partir da Capitania ninguém conseguiu encontrá-lo. "Volte imediatamente a bordo, suba pela escada de segurança e coordene a evacuação. Deve nos dizer quantas pessoas há lá dentro: crianças, mulheres, passageiros, o número exato de cada categoria", acrescentaram. "Comandante, é uma ordem, agora comando eu. Anteriormente o senhor declarou que havia abandonado o navio, volte à proa e coordene o resgate porque há mortos", exigiram. Como informou a empresa dona do transatlântico, a Costa Cruzeiros, o naufrágio foi causado por um "erro humano" do capitão que aproximou a embarcação até 150 metros do litoral dessa pequena ilha do mar Tirreno. A manobra acabou levando o barco para as rochas. Conforme os investigadores, Schettino, que estava em terra firme e não retornou ao transatlântico, perguntou quantos corpos havia na tragédia. O comandante do navio Costa Concordia, Francesco Schettino, foi detido na Itália; dona da embarcação o culpou. "É o senhor quem tem de me dizer quantos. O que quer fazer? Ir para sua casa? Volte imediatamente e nos diga o que é preciso fazer, quantas pessoas restam e o que necessitam", ordenaram a partir da Capitania. O comandante garantiu que voltaria, mas testemunhas e investigadores que cuidam do caso, afirmam que ele não voltou e o viram pegar um táxi em direção a um hotel. Equipes de resgate que tentam encontrar sobreviventes do naufrágio do navio de cruzeiro Costa Concordia, na Itália, passaram nesta terça-feira a utilizar explosivos para tentar acessar partes isoladas da embarcação onde consideram que possam estar algumas das 29 pessoas que continuam desaparecidas. Duas explosões foram realizadas logo cedo com dinamite para permitir que mergulhadores e bombeiros entrassem em partes da embarcação às quais ainda não tinham tido acesso.

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