segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Governo israelense propõe proibir uso de símbolos do holocausto

O Comitê Ministerial de Legislação israelense aprovou nesta segunda-feira um projeto de lei que proíbe a utilização de símbolos do holocausto, após a polêmica causada pelo uso por manifestantes ultraortodoxos que, ao seu ver, são perseguidos por Israel. A nova lei penaliza com até seis meses de prisão e multas que podem chegar a US$ 25 mil quem utilizar este tipo de simbologia. O Ministério da Justiça se opõe à legislação, por considerar que vai contra a liberdade de expressão. O projeto ainda deve ser validado pelo Conselho de Ministros e enviado ao Parlamento para sua aprovação. A polêmica surgiu em 31 de dezembro, quando centenas de ultraortodoxos se manifestaram na praça central do bairro de Mea Shearim, em Jerusalém, para protestar contra a agressividade dos seculares em relação a sua comunidade, após críticas da imprensa sobre como o grupo trata suas mulheres. Vários manifestantes, entre eles crianças, usavam no braço uma faixa amarela com a estrela de Davi imposta pelos nazistas à população judaica antes da Segunda Guerra Mundial e alguns se vestiram com uniformes de listras brancas e azuis, assim como os presos judeus nos campos de concentração. Os principais líderes e políticos israelenses condenaram duramente o protesto, por considerarem uma profanação da memória dos seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas. O ministro sem pasta Yossi Peled, sobrevivente dos campos de concentração, garantiu que seu "sangue congelou imediatamente" ao ver as imagens da manifestação.

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