quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Fechamento dos portos a navios das Ilhas Falklands tem pouco efeito prático

Em apoio à Argentina, Mercosul fechou os portos para embarcações das Ilhas Malvinas. Uma decisão simbólica e de teor político, já que na prática o efeito é mínimo: os navios do arquipélago atracam com bandeira britânica. Trinta anos após o conflito armado entre Reino Unido e Argentina, as Ilhas Falkland ainda são objeto de disputa entre os dois países. Apesar de derrotada na guerra de 1982, a Argentina continua reivindicando a soberania sobre o arquipélago, localizado a cerca de 500 quilômetros da costa do país. Como forma de pressionar o governo britânico a abrir o diálogo, a presidente Cristina Kirchner conseguiu o apoio formal dos demais países do Mercosul (Brasil, Uruguai e Paraguai) para proibir a ancoragem de navios com a bandeira das Ilhas Falkland nos portos do bloco econômico. O compromisso solidário a Buenos Aires foi oficializado no fim de dezembro passado, na cúpula do Mercosul em Montevidéu. Cientes da situação, muitos navegadores simplesmente trocam a bandeira do arquipélago pela do Reino Unido, que é aceita pelas autoridades brasileiras. Segundo o governo das Ilhas Falklands, há apenas 28 barcos registrados no país, dos quais 20 são embarcações pesqueiras. Ou seja, na prática, a decisão é simbólica.

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