quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Cientistas usam alga e bactéria para produzir etanol

Um estudo recente aposta no uso da alga marrom como fonte para a produção de etanol. Segundo os pesquisadores que desenvolveram a técnica, o biocombustível marinho seria mais vantajoso se comparado ao método mais comum que utiliza a cana-de-açúcar. Um dos primeiros pontos a favor é o local onde vivem. Por estarem nos oceanos, as algas dispensariam lotes de terra para seu "cultivo", não concorrendo com áreas reservadas ao plantio de alimentos. Outro aspecto positivo, defendem os cientistas, é o tipo de açúcar altamente concentrado, revelando ser uma rica biomassa. Os autores do estudo, que será publicado na edição da revista "Science" desta sexta-feira, pertencem à empresa BAL (Laboratório de Bioarquitetura), com sede em Berkeley, na Califórnia. O grupo trabalhou com quatro tanques de algas mantidos em Puerto Montt, no Chile, e a bactéria Escherichia coli. Geneticamente alterada, a E coli pôde não só extrair o principal componente dos açúcares das algas (o alginato), mas também fermentá-lo para originar o etanol. Antes, a bactéria não era capaz de realizar esse feito. No ínicio de 2011, cientistas da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) fecharam um contrato de cooperação tecnológica com a empresa Algae Biotecnologia para a produção de outro biodiesel que utiliza também algas marinhas. Elas seriam responsáveis pela "limpeza" da vinhaça (líquido que sobra após a produção do álcool), que serviria de base para a criação de um novo biodiesel.

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