quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Brasil pode perder chance de usar o maior telescópio do mundo

O Brasil corre sério risco de perder sua vaga no projeto de construção do maior telescópio do mundo caso não ratifique seu contrato de adesão ao Observatório Europeu do Sul (ESO) ainda neste primeiro semestre, alerta o diretor geral da organização, o holandês Tim de Zeeuw. O acordo foi assinado no fim de 2010 pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, com o compromisso de que seria aprovado até o fim de 2011, mas até agora não foi enviado para votação no Congresso, que precisa ratificar o contrato para que ele se torne válido, por tratar-se de um acordo entre os governos do Brasil e dos 14 países europeus que já fazem parte do ESO. "O contrato diz que, após um ano, ambos os lados podem pedir uma renegociação", em Santiago, no Chile, país onde estão localizados os telescópios do ESO. E deixou claro que, se não houver uma sinalização forte de avanço nos próximos meses, os países europeus pedirão essa renegociação. Pelo contrato atual, o País tem um desconto de 30% no custo total de participação pelos primeiros dez anos. Em vez de 370 milhões de euros, poderá pagar 260 milhões de euros, segundo o ESO, além de outros benefícios. O projeto do telescópio já está pronto, o local de construção já foi escolhido (também nos Andes chilenos), e o dinheiro já está praticamente garantido por parte dos europeus. A maior parte dos astrônomos brasileiros apoia a entrada do Brasil no ESO, o que garantiria ao País direitos iguais de uso da infraestrutura de pesquisa do observatório, considerado o melhor do mundo em várias áreas da astronomia.

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