terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Ataques dos Estados Unidos com aviões espiões são inaceitáveis, diz Paquistão

O governo paquistanês classificou nesta terça-feira como "inaceitáveis" os ataques com aviões não-tripulados americanos em seu território depois que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reconheceu publicamente pela primeira vez sua existência. "São ilegais, polêmicos e, portanto, inaceitáveis", escreveu o porta-voz das Relações Exteriores paquistanês, Abdul Basit, sobre os chamados "drones" (zangões). Anos atrás existia uma cooperação para lançar estes ataques contra alvos talibãs e da rede terrorista Al Qaeda, porém desde 2011 os "drones" são um motivo de discórdia entre Washington e Islamabad. "Não podemos consentir a violação de nossa soberania", advertiu Basit. Em conversa com internautas, Obama admitiu pela primeira vez na última segunda-feira o uso de "drones" em ataques a supostos militantes da Al Qaeda e de redes jihadistas presentes nas áreas tribais paquistanesas que fazem fronteira com o Afeganistão. O presidente disse que os aviões não-tripulados "não fizeram um grande número de vítimas civis" e que os ataques são precisos, algo discutido por algumas organizações de direitos humanos. Os "drones" são uma das armas mais usadas por Obama na luta antiterrorista: em 2010 foram 118 ataques só no Paquistão, frente a 70 do ano passado, um reflexo das turbulentas relações diplomáticas entre ambos os países.

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