segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Advogados acusarão juiz espanhol Baltasar Garzón de crime de extorsão

Os advogados que acusaram o juiz espanhol Baltasar Garzón de ter recebido verbas milionárias para dar cursos em Nova York entre 2005 e 2006 anunciaram nesta segunda-feira que apresentarão um recurso contra o magistrado para que ele responda por crime de extorsão e seja preso. Garzón foi acusado pela Suprema Corte da Espanha por suborno impróprio em 27 de janeiro. Antonio Panea e José Luis Mazón disseram que Garzón "se coloca em uma posição insustentável ao negar que tenha solicitado patrocínios a grandes empresas, ex-clientes e potenciais clientes da Suprema Corte, que também serão incluídos no processo". Os dois advogados afirmam que Garzón pediu cerca de US$ 2,5 milhões para cursos ministrados nos Estados Unidos e obteve US$ 1,237 milhão. "Garzón está negando as evidências que o incriminam, inclusive uma carta escrita em 2006 ao presidente do Banco Santander, Emilio Botín, no qual pede fundos para os cursos que estava ministrando", afirmam os advogados, que sustentam que o juiz pagou seu assistente pessoal com essa verba. Segundo Panea e Mazón, Baltasar Garzón, magistrado que condenou o ex-ditador chileno Augusto Pinochet, usou sua posição para pedir fundos para grandes empresas, como Telefônica, BBVA, CEPSA e ENDESA, que tiveram ou podem ter casos julgados na Suprema Corte. Por isso, Garzón teve uma conduta proibida, que não pode ser classificada apenas como suborno.

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