sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Vale construirá ferrovia no Maláui para transportar carvão

A Vale investirá US$ 1 bilhão para construir um novo trecho de ferrovia no Maláui, o que permitirá à empresa transportar o carvão que explora em Moçambique até o porto de Nacala. A empresa brasileira construirá 138 quilômetros de ferrovia no sul do Maláui, o que permitirá transportar o carvão da mina Moatize (perto de Tete, noroeste de Moçambique) até o porto de Nacala (nordeste de Moçambique), onde está construindo atualmente um terminal. O trecho através do Maláui, que estava paralisado desde 2005 em consequência de divergências diplomáticas, deve ser concluído nos próximos três anos, segundo o acordo assinado pela Vale e pelo governo do país. A área de Tete-Moatiza dispõe de pelo menos 23.000 toneladas de combustível como "carvão-vapor" para centrais térmicas e carvão de alto poder calorífico para siderurgia. A bacia foi descoberta há muitos anos, mas as reservas, durante muito tempo subestimadas, não podiam ser exploradas em consequência da longa guerra civil (1975-1992) que arrasou Moçambique. A exploração das reservas acaba de começar, sob responsabilidade especialmente da Vale e da australiana Riversdale. Grande parte do carvão extraído será exportado, principalmente para China e Índia. Os grupos de mineração que exploram esta bacia devem buscar soluções para o transporte do carvão até o mar. As estradas são insuficientes, e a linha ferroviária do Sena, entre Moatize e o porto de Beira (centro de Moçambique), tem capacidade limitada. A Riversdale estudou a possibilidade de utilizar barcaças sobre o rio Zambeze, mas isto implicaria uma dragagem do rio, com um custo econômico e ambiental elevado.

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