sábado, 3 de dezembro de 2011

Pará perderá matéria-prima com divisão do Estado

O Pará perderá a sua produção mineral e agropecuária para Carajás e Tapajós caso a divisão do Estado seja aprovada no plebiscito a ser realizado no próximo dia 11. A indústria extrativa mineral, uma das principais atividades econômicas do atual Pará, se concentraria no novo Estado de Carajás, que ficaria com 86% do valor produzido em todo o Pará. Carajás também ficaria com 65% do rebanho bovino e com a maior concentração de frigoríficos com Sistema de Inspeção Federal: dez. Na pecuária leiteira, Carajás também domina, com 76% da atual produção paraense. Os dados são do Idesp (Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental). O Pará remanescente também passaria de fornecedor a comprador de energia elétrica, pois a maioria dos novos projetos de usinas hidrelétricas está em Tapajós. Com a produção, o novo Pará perderia 95% do que é arrecadado pelos seus municípios com a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais. Mais de 88% dos royalties ficariam com Carajás, onde está a maior mina de ferro do mundo, da Vale. Mas isso não significa que Carajás nasce um Estado rico. Pelo contrário, ele apresentaria o maior déficit público entre os três, estimado pelo Idesp em R$ 1,9 bilhão.

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