sábado, 3 de dezembro de 2011

Ministra diz discordar de dados da Unicef sobre pobreza de jovens

A ministra Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome e à Pobreza) saiu em defesa das políticas públicas adotadas desde o governo do ex-presidente Lula e declarou discordar de dados divulgados, na última quarta-feira, pela Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), que apontam o aumento da pobreza extrema entre jovens de 12 a 17 anos, entre 2004 e 2009, período que coincide com a implantação do programa Bolsa Família. "Os dados da Unicef não são consistentes e pedirei reconsideração", disse Tereza Campello, ex-mulher do assassinado prefeito de Santo André, o petista Celso Daniel. De acordo com a ministra, houve distorção na metodologia usada no relatório "Situação da Adolescência Brasileira 2011", que teve a renda de um quarto de salário mínimo como parâmetro para medir situações de extrema pobreza. No caso brasileiro, foram considerados pobres jovens que recebiam o equivalente, hoje, a menos de R$ 128,50. Segundo o relatório, houve piora na situação dessa faixa etária: de 16,3% de jovens em extrema pobreza em 2004 para 17,6% em 2009, aumento de 1,3%. "O corte de um quarto do salário mínimo não serve de indicador, que teve aumento substancial nos últimos anos. A inflação e o ganho real do salário não foram considerados. Assim, o índice acaba contabilizando mais jovens", afirmou Tereza Campello. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Social, houve redução de jovens na faixa de pobreza: de cerca de 6,5 milhões para 4,4 milhões no mesmo período --queda de aproximadamente 2,1 milhões. Para chegar a esses números, foram considerados jovens com renda de até R$ 140 por mês; sem vinculação ao salário mínimo e considerando a inflação e os ganhos reais da moeda. "A população pobre brasileira caiu em qualquer recorte de idade. Isso é um indicador de que as políticas públicas têm sido eficientes, especialmente para crianças e adolescentes", disse Tereza Campello.

Nenhum comentário: