quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Justiça manda soltar coronel comandante de batalhão da PM preso no Rio de Janeiro

O plantão judicial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro concedeu na madrugada desta quarta-feira habeas corpus ao comandante do 7º Batalhão da PM de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro. O tenentre-coronel Djalma Beltrami estava preso desde segunda sob suspeita de receber propina. A ordem de libertação do Beltrami já foi cumprida durante a madrugada. "O delegado da Polícia Civil titular da Delegacia de Homicídios de Niterói apresentou declarações infundadas. Tudo indica que se trata de uma guerra entre as polícias civil e militar", disse o advogado do tenente-coronel, Marcos Barros Espínola. Segundo investigações da Polícia Civil, o tenente-coronel recebia, através de equipes do GAT (Grupo de Ações Táticas), propina de criminosos para não reprimir o tráfico de drogas. Ele e outros 12 PMs teriam recebido R$ 160 mil por mês do tráfico. Dois ex-comandantes da Polícia Militar prestaram solidariedade ao tenente-coronel. Os coronéis reformados Ubiratan Angelo e Mario Sérgio Duarte se encontraram com Beltrami no quartel-general da PM, onde ele estava preso. O presidente da associação dos oficiais da PM, Fernando Belo, também participou do encontro. Beltrami assumiu o comando do 7º Batalhão após a saída do tenente-coronel Cláudio Oliveira, acusado há cerca de dois meses de ser o mandante do assassinato da juíza Patrícia Acioli. O comandante também estava entre as equipe acionadas após o massacre na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo (zona oeste do Rio), em abril deste ano, quando um rapaz entrou na unidade e atirou contra diversas crianças e depois se matou. Doze pessoas morreram na ocasião.

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